Conselho aprova até 30% de ensino à distância no ensino médio


A Câmara de educação básica do Conselho Nacional de Educação aprovou nesta quarta-feira, dia 07 de novembro de 2018  as novas diretrizes do ensino médio. 

Novas diretrizes do ensino médio foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação. 

Resolução vai regulamentar aspectos que estavam indefinidos após reforma de Temer. 

Entre as medidas previstas na resolução está a possibilidade de até 20% da carga horária do ensino médio ser ofertada na modalidade à distância, chegando a 30% no ensino médio noturno, como estava em debate anteriormente. 




Os conselheiros incluíram, após consulta pública, a previsão de que a modalidade EAD seja realizada preferencialmente sobre o conteúdo diferenciado do ensino médio (após a reforma dessa etapa do ensino, cerca de 60% da carga horária será comum e 40% será formada pelos chamados itinerários formativos). 

Foram 8 votos a favor - incluído o da Secretária de Educação Básica do MEC, integrante do conselho, um voto contra - o do ex-presidente do Inep Chico Soares - e uma abstenção. Para entrar em vigor, o texto precisa ainda ser homologado pelo ministro da educação. Histórico da resolução sobre o EAD Antes da resolução, o ensino a distância era permitido e regulamentado apenas para algumas carreiras da graduação e alguns cursos de especialização no ensino superior. 

 No ensino médio ele estava apenas previsto na reforma feita pelo governo Temer (anunciada em setembro de 2016 e sancionada em setembro de 2017), que abriu uma brecha para que parte das aulas seja oferecida na modalidade a distância. Agora, as diretrizes foram estabelecidas pelo CNE. 



Para alunos do fundamental é proibido por lei e, atualmente, não existe discussão sobre a viabilidade ou a validade dessa modalidade para as crianças de 6 a 14 anos. O texto da reforma aprovada por Temer já apontava que: "os sistemas de ensino poderão reconhecer, mediante regulamentação própria, conhecimentos, saberes, habilidades e competências. Entre essas formas estão incluídas (...) a educação a distância ou educação presencial mediada por tecnologias". 

 A aprovação ocorreu após o CNE abrir consulta pública para a comunidade escolar e as propostas foram recebidas por e-mail. A resolução aprovada seguiu a proposta do relator, o conselheiro Rafael Luchesi.


Por Flávia Foreque, TV Globo 

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