Estudo indica que Brasileiros tem medo de envelhecer, de morrer e ficar feio.



Brasileiros têm medo de envelhecer.

Medo de morrer, ficar dependente de alguém ou desenvolver algum tipo de doença estão entre as principais preocupações.



Quase metade dos homens brasileiros (43%) enxergam a velhice como uma ameaça, é o que aponta uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) - São Paulo, em parceria com a Bayer. O que mais aflige esses homens é o medo de morrer (28%), a dependência de outras pessoas (18%), a falta de vida ativa (14%) e o desenvolvimento de doenças (11%).



Para esses homens, a velhice está mais associada à passagem do tempo. Embora estudos recentes comprovem que o envelhecimento comece aos 28 anos, a maioria dos entrevistados (86%) acredita que o envelhecimento se dá apenas depois dos 45 anos, sendo que 41% deles aponta que somente aos 60 anos o homem começa a envelhecer.






“Mesmo com receio de morrer ou perder a autonomia em função de doenças ou questões ligadas à idade, muitos homens ainda negligenciam alguns cuidados com a saúde, como a visita ao médico para realização de exames, ou a adoção de hábitos de vida mais saudáveis”, explica a Dra. Maisa Kairalla, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - São Paulo.



A pesquisa confirma a percepção da médica: quase metade dos entrevistados (49%) nunca fez exame de toque retal, importante para a detecção do câncer de próstata, e 43% deles não tem hábitos saudáveis ligados à alimentação e a prática de atividade física.



Os homens também associam o câncer com a chegada da idade: para quase 70%, as chances de apresentar o quadro aumentam com o passar dos anos. O medo de ter a doença assombra 64% deles. “O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum na população masculina (excluindo-se o câncer de pele tipo não-melanoma). O diagnóstico é simples e o tratamento tem boas perspectivas. Quanto antes identificar a doença e iniciar a terapia indicada, mais chances de recuperação e manutenção da qualidade de vida”, complementa o Dr. Fabio Schutz, coordenador médico da oncologia clínica do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.



Para pacientes que em decorrência da doença apresentam metástase óssea, o que acontece em muitos casos, ou que tem o chamado “câncer de próstata resistente à castração”, ou seja, quando a doença continua evoluindo mesmo que ocorra a eliminação dos hormônios masculinos que alimentam o crescimento das células cancerígenas, o uso do cloreto de rádio (223 Ra) foi aprovado pela ANVISA em 2016, terapia que contribui com o aumento na sobrevida desses pacientes e melhora na qualidade de vida. É o primeiro medicamento radioativo aprovado no país.



A pesquisa foi realizada em oito capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife) com 2.400 homens acima dos 45 anos.



Principais dados da pesquisa



-64% tem medo de ter câncer, 30% por já terem casos na família






-36% não tem medo de ter câncer, 64% deles por ter hábitos de vida saudáveis e visitar o médico com frequência mas tem medo de ficarem feios ao envelhecer

-70% dos entrevistados conhece algum homem que desenvolveu câncer ao longo dos anos, sendo que 35% afirmou que o câncer em questão era o de próstata, 17% de pulmão, 9% de estômago e 8% câncer de fígado

-77% sabe que o câncer de próstata é o mais comum em homens a partir dos 50 anos

-49% nunca realizou o exame de toque retal, 26% porque o médico nunca pediu, 24% não gosta ou acha pouco “másculo”, 22% não tem sintomas ou idade para realizar, 15% considera o exame de sangue suficiente, 13% não considera o exame necessário

-23% não tem conhecimento sobre como o câncer de próstata é tratado

-28% acredita que o homem nunca perde o desejo sexual.



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