O que pode comprometer o relacionamento entre pais e escola ?



O que pode comprometer o relacionamento entre pais e escola ?

Recentemente foi divulgada uma pesquisa mostrando o que os pais buscam na hora de procurar uma escola (particular) para os filhos. Agora a ClassApp disponibiliza os dados da segunda parte desse estudo: o que mais desagrada a família em relação à escola.

Em primeiro lugar ficou a falta de qualificação de professores e/ou equipe desatualizada. Os pais Geração X (mais de 40 anos) são os que mais se preocupam com esse quesito (56%), contra 49% dos pais Geração Y.  





Já o tratamento impessoal ou falta de atenção com o filho(a), ficou em segundo lugar na pesquisa. Praticamente ambas as gerações de pais dão a mesma importância nesse foco gerador de estresse na escola: 49% Geração Y e
48% Geração X.


Se observado cada segmento educacional separadamente, embora esses mesmo itens mantenham-se nos primeiros lugares, há pequenas variações na ordem preferência, conforme ilustrado pelo gráfico.

Dimensão afetiva





Na opinião de Rita Zicatti, diretora do Colégio RICARO, de São Paulo, os resultados da pesquisa demonstram que não adianta os colégios acolherem os estudantes com afeto e atenção se não fizerem o mesmo com as famílias. “Embora essas necessidades sejam visíveis, acaba que há um discurso na teoria e um comportamento em conflito por parte da escola na prática”, observa.

A diretora do Colégio Santa Mônica, de São Paulo, Carolina Frediani, relata, inclusive, que um descuido nesse relacionamento com os pais chegou a causar prejuízos à instituição que dirige. “Já teve casos da gente perder aluno por falha neste departamento, quando um funcionário não foi tão receptivo com os pais. No começo é até um pouco frustrante quando você começa perceber que, embora nosso foco seja educação, o que chama mais a atenção dos pais é o atendimento personalizado. Para as mães de filhos pequenos, por exemplo, a escola entra realmente para ser uma segunda família, não para substituir a mãe, mas para complementar no horário que ela não está. Por isso é tão importante a questão da comunicação e dos vínculos afetivos”, destaca.

Já sobre a questão da qualificação dos professores, também no topo do ranking dos itens que mais estressam os pais, ambos diretoras defendem que, se a escola quer ter bons profissionais, precisa estar disposta a remunerá-los com salários compatíveis com o mercado e a investir cotidianamente na capacitação deles.

Ineditismo

Para Vahid Sherafat, CEO da ClassApp e coordenador da pesquisa, a importância desse estudo está em identificar as verdadeiras expectativas dos pais perante as escolas que, até então, partiam de suposições e faziam apostas em aspectos que não estavam, necessariamente, alinhados com o interesse do seu público. “É a primeira vez que uma pesquisa aponta para quais áreas as instituições de ensino particulares realmente devem olhar. E o resultado disso é que, a partir dessas informações coletadas, as escolas podem atender pais e alunos com mais assertividade e ser uma agente ativa no alinhamento de interesses de todos os sujeitos envolvidos no processo educacional”, aponta.

Preferências





Das famílias que responderam ao estudo, 82% delas dizem considerar que um relacionamento e cuidado pessoal com seus filhos é o item mais importante na hora de escolher a escola.

Seguindo o ranking dos diferenciais mais importantes escolhidos pelas famílias também figuram nos primeiros lugares os ítens “excelente educação de valores morais e éticos”, “relacionamento próximo e participativo com pais e alunos”, “alto investimento na equipe pedagógica” e “excelente material de ensino”.




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